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Maior gestora de fundos de investimento do mundo descarta ESG

Cumprir com deveres fiduciários é prioridade perante seguir práticas ESG aleatórias que geram valor superficial – opinião do CEO da Vanguard

Por: Redação | Green Business Post | 02 mar 2023 | Collaborative Progress Licenseª .

A Vanguard, a maior provedora de fundos mútuos do mundo, está adotando uma abordagem diferente para investimentos ambientais, sociais e de governança (ESG). Em vez de se concentrar em iniciativas ESG, como emissões líquidas zero ou apoiar iniciativas das Nações Unidas, como NZAM (Net Zero Asset Management), o CEO da Vanguard, Tim Buckley, adotou uma visão mais tradicional sobre investimentos.

Mais cautela e menos ESG

Buckley acredita que os investidores devem concentrar sua atenção em empresas com fundamentos sólidos, em vez daquelas que se concentram exclusivamente em atender a determinados padrões de conformidade ESG. Ele vê esse tipo de estratégia de investimento como sendo mais benéfica no longo prazo, porque leva em conta coisas como lucratividade e sustentabilidade, em vez de simplesmente tentar atender a diretrizes arbitrárias definidas por organizações como a ONU ou outros órgãos reguladores.

Embora alguns possam discordar de sua posição, a abordagem de Buckley tem suas vantagens. Ele encoraja os investidores a olhar além dos ganhos de curto prazo ao tomar decisões sobre onde colocar seu dinheiro e, em vez disso, considerar o desempenho de uma empresa ao longo do tempo, levando em consideração a situação econômica atual.

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Isso poderia, potencialmente, levar a retornos mais altos para os investidores no longo prazo, uma vez que eles seriam menos propensos a investir em empresas cujos preços das ações estão inflacionados. Ele explica que muitas vezes o cumprimento de certos critérios ESG elevam o preço de empresas, que podem carecer de estabilidade financeira ou força subjacente em seus respectivos setores em geral.

Além disso, ele afirma que concentrar-se, principalmente, na análise fundamentalista pode ajudar a evitar de cair no “hype” dos ‘investimentos verdes’ com ações supervalorizadas. Para ele, iniciativas ambientais representam um risco de não gerarem valor real ou substancial.

O investimento tradicional não morreu

Isso pode ser considerado um olhar mais cauteloso e conservador, especialmente, em tempos de volatilidade do mercado, quando muitas ações tendem a flutuar descontroladamente, independentemente de terem fortes fundamentos para apoiá-los ou não.

No geral, embora possa haver desacordo entre aqueles que favorecem as estratégias tradicionais versus aqueles que defendem um maior envolvimento das corporações em relação às questões da mudança climática global, uma mensagem ficou clara: os modelos tradicionais não foram substituídos pelo ESG. Os deveres fiduciários ainda são norteadores desse setor que move o mundo.

Isso casa com o que já foi comentado no Brasil em live do Instituto Mises. As gestoras de investimento precisam entregar aquilo que se comprometeram aos seus clientes. Elas foram criadas para isso e a poupança das pessoas é utilizada com cautela e de forma responsável.

Na imagem, vemos protesto contra a forma de investimento da Vanguard em frente à sua sede em Londres.

Fonte: The Wall Street Journal. Imagem: Twitter.

*As opiniões veiculadas nos artigos de colunistas e membros não refletem necessariamente a opinião do GREEN BUSINESS POST.

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