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Chocolate livre de trabalho infantil é feito em laboratório

Você já pode comer chocolate livre de trabalho infantil forçado, desmatamento, açúcar, cafeína e lactose.

Por: Lenah Sakai | 14 dez 2022 | Collaborative Progress Licenseª

O chocolate está presente no dia a dia das pessoas, mas os impactos negativos desse doce estão um pouco sumidas das conversas nas redes sociais. Então vamos reforçar, especialmente, aos desavisados que a produção de cacau está envolvida em diversas práticas prejudiciais ao longo da história.

A mais chocante delas é o uso de trabalho forçado infantil que já foi tema de documentários televisivos. Crianças eram raptadas ou vendidas para servir de mão de obra na colheita do cacau. A Costa do Marfim é o país que mais ficou conhecido por esse tipo de abuso.

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Faz 20 anos que grandes empresas que compram o cacau se comprometeram com os problemas de sua cadeia de produção, porém, eles seguem sendo desafios não resolvidos. Sempre temos novos casos de trabalhos abusivos descobertos e noticiados.

Como forma de resolver isso, os maiores fornecedores do cacau do mundo, como a Costa do Marfim e Gana, países africanos, decidiram aumentar os valores de exportação para justamente pagar melhor seus trabalhadores. O chocolate produzido com essa nova tarifa ficou mais caro e conhecido como “chocolate premium”.

O chocolate sem culpa e mais barato

Essa elevação de preços gerou um movimento alternativo ao cacau. Empresas estão investindo em outras formas de fabricar o chocolate, ao mesmo tempo não geram os impactos do trabalho forçado infantil e desmatamentos. Esse último, ganha destaque novamente na Costa do Marfim, que perdeu 85% de sua floresta nativa para o cultivo do cacau.

O prestigiado alfarroba

Já existia há muitos anos o chocolate feito de alfarroba, um fruto bíblico, reconhecido pela UNESCO como Patrimônio Cultural Imaterial da Humanidade pelo seu valor socioeconômico histórico, que impactaram positivamente países como Chipre, Croácia, Espanha, Grécia, Itália, Marrocos e Portugal.

Diferente do chocolate de cacau, o de alfarroba surpreende ao não precisar de açúcar ou leite, ser rico em vitaminas e não conter cafeína. Além disso, possui propriedades benéficas para a saúde.

Segundo pesquisa da UFPR (2022), a composição do alfarroba funciona como antioxidante, anti-inflamatório, antimicrobiana (aumentam a capacidade imunológica) e anticarcinogênica (previne câncer). É uma excelente notícia aos que buscam uma dieta mais saudável, como os diabéticos e obesos; aos vegetarianos e veganos; aos intolerantes à lactose ou à cafeína.

O cultivo da planta é mais recente no Brasil, mas está gerando nova fonte de renda para agricultores brasileiros.

Chocolate das foodtechs

A WNWN Food Labs Ltd., com sede no leste de Londres, está produzindo chocolates com base em cevada e alfarroba. Ela usa as mesmas técnicas de espectrometria de massa de cromatografia gasosa que os fabricantes de alimentos veganos usam para ajudar na imitação do cheiro e sabor de um determinado chocolate.

Outras empresas utilizam de ingredientes e processos diferentes. A Planet A Foods, de Munique, fabrica chocolate a partir de aveia fermentada, e a California Cultured Inc., produz chocolate cultivado em laboratório a partir de células de grãos de cacau, em Davis, Califórnia.

Johnny Drain, cofundador e diretor de tecnologia da WNWN, explica que seu processo economiza água e reduz emissões de gases de efeito estufa. Isso torna o produto ainda mais eticamente correto e atraente. As novas barras de chocolate chegarão nas prateleiras britânicas em 2023, mas ele espera fornecer sua inovação para grandes indústrias de alimento.

No fim, as pessoas ganharam mais opções de chocolate para comer sem a culpa dos impactos socioambientais negativos e sem a culpa de comer doces.

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Fonte: UFPR, The Epoch Times, Agroportal.

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Lenah Sakai

Ex-atleta, green fellow (vegetariana, minimalista), trabalhando duro para tornar as organizações, os maiores impactadores do planeta, mais responsáveis. Formada em administração pela PUC-SP, há +10 anos atua em negócios e sustentabilidade. Fundadora do Green Business Post, co-fundadora da Ignitions Inc., do movimento Cultura Empreendedora, do DIRIAS, 1ª associação de direito digital do Brasil e da ABICANN, 1ª associação das indústrias de cannabis do Brasil. Hoje é gestora de uma rede de 5 milhões de pessoas do ecossistema empreendedor nacional e internacional.

One thought on “Chocolate livre de trabalho infantil é feito em laboratório

  • Wagner Mendes

    QUE COISA IDIOTA NÃO EXISTE ESSA HISTÓRIA DE TRABALHO INFANTIL, E SE EXISTE O TRABALHO INFANTIL É BOM! MELHOR DO QUE AS CRIANÇAS FICAREM NAS RUAS EM PRÓ AOS TRAFICANTES! ESSA IDEIA DE CHOCOLATE DE LABORATORIO É PARA TIRAR AS CRIANÇAS DO TRABALHO E COLOCAR ELAS NO BOCA DE FUMO!!! IDEIASSSSS COM CERTEZASSS ESQUERDISTAS!!!! SUA COMUNISTA!!!!

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