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Kit de monitoramento de rios auxilia no combate à poluição

Cientistas estão desenvolvendo sistema de sensores de rios e córregos para acompanhar a situação de corpos d’água e contribuir com a preservação permanente desses ecossistemas.

Por: Redação | Green Business Post |07 dez 2023 | Google News | Youtube.

O projeto Moncor – Monitoramento Contínuo de Rio do Departamento de Energia Elétrica da UFPR está desenvolvendo uma tecnologia de monitoramento de rios por meio de sensores eletrônicos. Eles capturam mudanças em tempo real de: temperatura, nível, turbidez e impedância (condutividade) elétrica.

Contando com esse tipo de informação, é possível aumentar a eficácia para proteger comunidades e o próprio rio.

  • O NÍVEL da água pode indicar enchentes, inundações ou secas;
  • A TURBIDEZ, problemas sanitários, despejo de esgoto sem tratamento ou movimentação das águas devido a chuvas;
  • A TEMPERATURA, o despejo irregular de substâncias ou mudanças no clima;
  • A CONDUTIVIDADE ELÉTRICA, o grau de pureza da água.

Segundo o professor Eduardo Parente Ribeiro, coordenador do Moncor, os dados coletados pelo sistema de monitoramento podem gerar índices e mudanças e correlações entre esses índices podem trazer novas informações e descobertas.

O estudo está sendo realizado no córrego poluído e sem peixes Tarumã, na zona leste de Curitiba, PR. As informações podem ser acessadas, em tempo real, pelos pesquisadores e moradores do entorno do riacho urbano.

A comunidade local está envolvida no projeto. Eles fornecem informações cotidianas valiosas, como mudanças no cheiro, surgimento de espumas, e outras variações. Além disso, a energia elétrica dos equipamentos é cedida pelo grupo de escoteiros São Luiz de Gonzaga.

“É uma vantagem dessa pesquisa ser ao mesmo tempo teórica e aplicada, e ainda ser feita junto à comunidade”.

professor Eduardo Ribeiro UFPR.

Sobre o equipamento nos rios

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O kit de monitoramento de rios inclui sensores na água conectados à uma caixa estanque que fica na margem. Ela se conecta à outras caixas com sensores ao longo do rio e uma caixa principal envia os dados, via internet, para a central de armazenamento da UFPR. Os sensores atuais medem nível, temperatura da água e do ar.

Em breve, serão implementados sensores de impedância elétrica que já estão prontos e, futuramente, sensores de baixo custo para nível de acidez e basicidade (ph) e oxigênio dissolvido que serão desenvolvidos. Esses últimos são muito úteis para identificar a capacidade de vida em corpos d’água.

Sobre o Tarumã, o monitoramento completou 10 anos e mostrou períodos bons e ruins. O riacho tem problemas de despejo irregular de esgoto ou redes de esgoto antigas que se rompem e precisam de constante manutenção.

Apesar do único projeto de despoluição do córrego ser da Associação de Moradores e Amigos do Jardim Social (Ama – JS) em parceria com a Sanepar e a prefeitura de Curitiba, o projeto Moncor tem sucesso em compreender as condições dos rios urbanos.

Por isso, a equipe científica planeja levar o monitoramento ao córrego Aviário, parte da bacia com os maiores problemas de poluição de Curitiba e, dessa forma, ampliar as análises de indicadores.

Fonte: Revista Ciência UFPR.

*As opiniões veiculadas nos artigos de colunistas e membros não refletem necessariamente a opinião do GREEN BUSINESS POST.

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