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Inteligência artificial prediz conflitos por água antes de acontecerem

Legenda: Moradoras de vila coletando água de um posso quase seco em Jammu na Índia em 27 de abril de 2016. (Hindustam Times / Getty Image)

A inteligência artificial pode prever onde os conflitos pela escassez de água vão se estender por até um ano e possibilitar ações que os impeçam, disseram pesquisadores nesta sexta-feira.

A ferramenta de alerta, que monitora o abastecimento de água em todo o mundo e inclui dados sociais, econômicos e demográficos para sinalizar possíveis crises, está sendo desenvolvida pela holandesa Water, Peace and Securit (WPS).

Durante os testes, o sistema previu mais de três quartos dos conflitos relacionados à água no Delta do Níger, no Mali, disse a WPS, que planeja lançá-lo globalmente ainda este ano.

“Queremos detectar conflitos com suficiente antecedência para então nos engajar num processo que ajude a resolver esses conflitos – idealmente mitigá-los ou resolvê-los cedo”, disse Susanne Schmeier, do IHE Delft Institute for Water Education, que lidera a WPS.

A mudança climática frequentemente causa impactos na água – desde a seca até o aumento do nível do mar – o que, por sua vez, pode gerar conflitos e forçar pessoas a migrarem.

O sistema usa dados dos satélites da Nasa e da Agência Espacial Europeia, que monitoram recursos hídricos em todo o mundo. Em seguida, analisa informações com dados de governos, órgãos internacionais e organizações de pesquisa para identificar possíveis pontos de conflito.

“O aprendizado de máquina é capaz de detectar padrões nos dados onde os seres humanos não podem”, disse Charles Iceland, do World Resources Institute, que também trabalha no sistema.

Em testes no ano passado usando dados de 2016 do Delta do Níger Interior, a ferramenta previu corretamente que os conflitos por água irromperiam mais ao sul em 2017, à medida que a população crescesse enquanto os recursos diminuísse pelo desvio de água para as culturas de maior rendimento.

“O sistema de alerta serve como ferramenta de priorização”, disse a Islândia à Thomson Reuters Foundation. “Podemos determinar os pontos de conflito – onde será preciso agir imediatamente – em comparação com outros lugares em que os conflitos podem estar apenas esquentando.”

Fonte: DefesaNet. Imagem: Time.

*As opiniões veiculadas nos artigos de colunistas e membros não refletem necessariamente a opinião do GREEN BUSINESS POST.

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Lenah Sakai

Ex-atleta, green fellow (vegetariana, minimalista), trabalhando duro para tornar as organizações, os maiores impactadores do planeta, mais responsáveis. Formada em administração pela PUC-SP, há +10 anos atua em negócios e sustentabilidade. Fundadora do Green Business Post, co-fundadora da Ignitions Inc., do movimento Cultura Empreendedora, do DIRIAS, 1ª associação de direito digital do Brasil e da ABICANN, 1ª associação das indústrias de cannabis do Brasil. Hoje é gestora de uma rede de 5 milhões de pessoas do ecossistema empreendedor nacional e internacional.

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