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Iniciativa de fomento dá norte ao ESG das organizações

ESG conta com ferramentas para nortear boas práticas. Os gestores poderão avaliar seus impactos de forma simples e objetiva.

Por: Redação | Green Business Post |10 out 2023 | Google News | Youtube.

A Aware Alliance é uma iniciativa de fomento independente e sem fins lucrativos que fornece ferramentas ESG+ para nortear gestores sobre os principais trabalhos ambientais, sociais e em governança de suas organizações. É possível aprimorar o modelo de negócio e identificar o nível de desenvolvimento de impactos positivos.

Idealizada em 2014, ela surgiu com objetivo de tornar os maiores impactadores do planeta, as organizações, mais sustentáveis. Sejam elas empresas com ou sem fins lucrativos, privadas ou, principalmente, governamentais, todas são grandes motores de mudanças globais. Sua fundadora veio amadurecendo o trabalho até 2022, quando criou a primeira ferramenta ESG, o ESG+ pro (do inglês ‘ESG plus’).

As ferramentas ESG+

Contando com todos os principais trabalhos ESG de qualquer organização, o ESG+ pro se preocupou em aparar as arestas das organizações visto que não importa a quantidade de boas práticas. Por apenas uma única falha em ESG, a empresa toda pode “ficar mal na fita” ou ir à falência. Ou seja, mesmo fazendo de tudo, com equipes dedicadas, certificados em dia, conquistando inúmeros selos ou prêmios, ninguém está à salvo no ESG.

É… a vida não é justa mesmo.

Com isso em mente, o ESG+ pro foi criado para checar o todo e verificar se não deixou passar nada. Mas sem complicação. O ‘check’ é objetivo e simples. O esforço, como sempre, é o conhecimento. Por isso, essa ferramenta requer apoio de um profissional certificado.

Mas estamos considerando as grandes empresas que já estão mais avançadas nas tendências e melhores práticas… A maioria das organizações não estão nessas condições. A maioria está perdida no modelo de negócio, confusa com as rápidas inovações e tentando sobreviver. É de esperar tentativas ESG em condições caóticas.

Por isso, na mais nova ferramenta, o ESG+ express, qualquer gestor é capaz de fazer a auto-análise dos trabalhos por conta própria, de forma simples e fácil. Não é necessário ter conhecimento aprofundado nos tópicos. A ideia é fazer uma checagem rápida e voar sobre os principais tópicos ESG.

Dessa forma, os profissionais poderão ter mais agilidade para identificar onde os trabalhos estão mais evoluídos e o que requer maior atenção, principalmente, na sobrevivência organizacional.

As duas ferramentas foram criadas para possibilitar um diagnóstico útil para a gestão organizacional. A compreensão do ESG de forma ampla é ótimo para definir as prioridades e completar o planejamento estratégico. Muitos trabalhos fundamentais e outras até essenciais passam despercebidos e são descobertos somente quando problemas se tornam grandes incômodos ou quando já é tarde demais. A organização acaba assumindo perdas gigantescas que poderiam ter sido evitadas. Não somente financeira, mas de reputação, motivação dos funcionários, estresse dos gestores etc.

Mas não para por aí. A base de conhecimento empresarial é, também, o grande diferencial para colher bons resultados com ESG. Por isso ao invés de ESG, trabalhamos o ESG+, uma forma mais colaborativa de desenvolver as práticas da sustentabilidade empresarial.

ESG+

No ESG+, o foco são os resultados. Além das organizações ganharem mais solidez, os impactos positivos precisam ocorrer e gerar bons frutos.

Exemplos: O impacto social mais significativo deve ocorrer, que é combater a pobreza e melhorar a dignidade da população com a geração de emprego e renda; O ambiente de trabalho deve combater a discriminação; A biodiversidade deve ser protegida; Recursos essenciais devem ser protegidos: como água, alimento, segurança; A organização deve crescer e melhorar, de forma constante, suas soluções; etc.

Por isso, no ESG+, o pilar mais importante é a governança. A organização precisa estar viva, firme e forte, para poder sustentar os trabalhos sociais e ambientais.

Mas o social e ambiental não ficam abandonados enquanto a governança está sendo estruturada. O operacional já impacta na vida de pessoas, seja de funcionários, clientes e fornecedores. A atividade principal já causa impacto no meio ambiente. Os impactos sociais e ambientais já estão no dia a dia de trabalho.

E, para aumentar as chances das organizações sobreviverem e continuarem impactando positivamente, o ESG+ adota uma postura aberta sobre as práticas. Cada gestor é livre para decidir sobre sua organização. Cada instituição possui sua especificidade, seu mercado, sua cultura e identidade. A ideia é manter a diversidade de práticas, a pluralidade de pensamento, para acumular um conhecimento mais rico sobre o que funciona e o que não.

Por isso, o ESG+ adota a licença Collaborative Progress (progresso colaborativo). Dessa forma, os gestores podem criar seus próprios caminhos e evitamos o risco de todo mundo cair no mesmo buraco. O que pode levar à uma extinção em massa de organizações. Por isso, assim como na evolução de Darwin, é importante o DNA ser diverso, as instituições também precisam permanecer plurais para aumentar a chance de sobrevivência de empresas e governos.

Para que isso seja possível, as ferramentas ESG+ utilizam a metodologia 21 Scale. Ela facilita a geração de derivações por ser simples e intuitiva.

A história

“Foi na infância que o interesse em problemas humanitários se despertou, quando descobri que existiam pessoas que moravam na rua. Estava voltando de um passeio da escolinha e perguntei para a professora o que eram aquelas pessoas sentadas no chão, sujas, pedindo dinheiro. A professora respondeu que eram pessoas que esqueceram onde moravam e, agora, ficam por aí perdidos na rua. Na época, eu acreditei e pensei que eu nunca deveria me perder, senão acabaria como eles. A professora disse isso para nenhuma criança se perder do grupo. E funcionou.

Mas foi um choque. Quando crianças pensamos que os adultos são incríveis e resolvem qualquer problema. Mas descobrindo a realidade, como a dos mendigos nas ruas, o mundo colorido perde um pouco a cor e os adultos um pouco o seu heroísmo. E quanto mais crescemos, mais percebemos a quantidade de problemas que os adultos não conseguem resolver.” – disse Lenah Sakai, fundadora da Aware Alliance.

Foi dessa experiência que ela decidiu desde cedo, que, de alguma forma, iria contribuir para resolver a pobreza e outros grandes problemas do mundo.

Em seu segundo ano na faculdade de administração da PUC-SP, em 2014, a empreendedora descobriu, naquele ano, que a sustentabilidade empresarial seria o foco de sua carreira. Com influência de professores nas aulas e os encontros do NEF – Núcleo de Estudos do Futuro, ela descobriu o setor que atua com os problemas que sempre se preocupou.

Com apoio do movimento Cultura Empreendedora, a estudante idealizou a Aware Alliance e, em 2015, desenhou uma solução inovadora para facilitar a vida de gestores empresariais nos 17 ODS – Objetivos de Desenvolvimento Sustentável da ONU, os principais problemas globais. Mas sentindo necessidade de amadurecimento do mercado e dos conhecimentos, deixou a Aware Alliance de molho, como um alimento, e mergulhou no ambiente empresarial em busca de mais ingredientes para aprimorar o sabor da ferramenta.

O repertório veio de trabalhos desenvolvidos em conjunto com, principalmente:

  • startup e inovação do Cultura Empreendedora;
  • o comércio na ACSP;
  • a indústria na FIESP;
  • o ambiente acadêmico da PUC-SP e Mackenzie;
  • o setor de tecnologia da Faculdade de Ciências Exatas e Tecnologia da PUC-SP e Faculdade de Computação e Informática do Mackenzie;
  • comunidades de ambientalistas;
  • o ecossistema de investimentos financeiros em inovação do Capital Brotherhood;;
  • o setor de direito digital no DIRIAS – Digital Rights Association;
  • o setor da cannabis medicinal na ABICANN;
  • e o acompanhamento de políticas públicas nos bastidores da FREPEM – Frente Parlamentar de Apoio ao Empreendedorismo na ALESP.

A profissional da sustentabilidade empresarial aprimorou seu conhecimento no âmbito geopolítico, econômico e de risco.

Quando fez parte da construção do QUENVA – Quick Enterprise Valuation, uma ferramenta para analisar startups e outros negócios para investimentos, aprendeu a usar a metodologia 21 Scale e criou o ESG+ pro em 2022.

Após validar a inovação junto à PUC-SP, a ferramenta foi otimizada e foi possível criar o ESG+ express, para simplificar ainda mais a análise.

A Aware Alliance nasce de um marinado de + 10 anos de estudo, trabalho e skin in the game. É a concretização de quase 25 anos de chamado da vida. A ligação foi atendida e uma solução foi criada para ser degustada online.

Agora, a comunidade pode experimentar essa nova forma de avaliar seus trabalhos. Ao invés de ficarem presos às operações do dia a dia (como um hamster correndo naquela roda), os gestores podem contar com um norte de boas práticas ESG+, sem sair da rotina. Com foco nos objetivos da organização, os profissionais verificam quais tópicos estão cumprindo e quais estão negligenciando.

Sendo a governança o pilar de sustentação dos outros dois pilares socioambiental no ESG+, a autoavaliação pode começar pela sustentabilidade financeira, o modelo de negócios e a integridade da entidade empresarial ou governamental. São temas de grande relevância para investidores de risco e de gestores no geral.

Ganhando mais fôlego na sobrevivência organizacional, fica mais fácil implementar ou aperfeiçoar outros trabalhos como segurança física e online, compliance, ética e transparência. Com essa profissionalização da instituição, ela já estará definindo sua cultura organizacional, ou seja, a forma como ela interage e resolve problemas com seus investidores, funcionários, clientes e outros stakeholders.

A partir de todo esse impacto social, a educação dos envolvidos é inevitável. As pessoas acabam aprendendo como agir, o que é correto, principalmente, com códigos de conduta e manual anticorrupção, por exemplo. E, dessa evolução de valores, a preservação ambiental acaba se tornando um caminho mais natural de engajamento.

A Aware Alliance disponibiliza o ESG+ express e ESG+ pro como ferramentas de conhecimento, que servem de apoio para prevenir e identificar as falhas e sugerir soluções. A ideia é alavancar os trabalhos organizacionais e elevar as boas práticas e impactos ESG+.

Veja a fundadora na live da Embrapa apresentando uma degustação da ferramenta ESG+ express pela primeira vez.

Veja os principais momentos:

Algumas fotos das comunidades que Lenah Sakai trabalhou ao longo do últimos anos, seja em eventos, campanhas, encontros, palestras:

Abaixo, participação recente na Semana da Cultura Empreendedora falando sobre “Quais os reais benefícios do ESG?” (2020).

Imagem: Freepik.


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