Belo Horizonte vence novamente desafio
Pelo quarto ano consecutivo, a cidade de Belo Horizonte foi escolhida por um júri internacional de especialistas a campeã do Desafio das Cidades pelo Planeta no Brasil. Concorrendo com municípios como Campinas, Curitiba, Joinville, Londrina, Niterói, Recife, São José dos Campos, Sorocaba e as finalistas Betim e Fortaleza, BH demonstrou novamente papel de destaque e exemplo em políticas por um futuro de baixo carbono. Na edição 2017-2018, de forma inédita, o júri optou por conceder uma menção honrosa a Fortaleza, como reconhecimento do esforço da prefeitura em introduzir projetos e ações sustentáveis no Nordeste.
A capital mineira tem, novamente, motivos para se orgulhar após o fim de mais um ciclo do Desafio das Cidades, projeto internacional capitaneado pelo WWF com apoio do ICLEI para incentivar e reconhecer esforços de governos locais rumo a um futuro mais verde e justo. Belo Horizonte há alguns anos tem atuado nos setores de energia (tentando se consolidar como uma das cidades que mais investem em fontes renováveis), articulação de políticas públicas e privadas com o Comitê Municipal sobre Mudanças Climáticas e Ecoeficiência (CMMCE), Transporte e Gerenciamento de Risco.
Para o painel de especialistas que analisou as ações e o programa de Belo Horizonte na Plataforma de Registro Climático Carbonn, a cidade “surgiu como a clara vencedora do Brasil devido às suas metas de redução de GEE (Gases de Efeito Estufa), capacidade de implementação, alocação de orçamento e plano de ação abrangente. Também se destacou com o engajamento ativo de partes interessadas e forte apoio às opções de mobilidade sustentável dentro da cidade”. O júri apreciou sua ambição e motivação para trazer mudanças reais à capital mineira e aos seus habitantes.
Mas não foi apenas com BH que os especialistas ficaram impressionados. Fortaleza, que relatou 14 projetos e ações no Carbonn – desde planos para ampliar a malha cicloviária até um programa para incentivar novas construções civis a seguirem padrões sustentáveis, passando pelo replantio de árvores e Plano Municipal de Saneamento Básico – recebeu menção especial.
“A cidade tem um sistema robusto e um plano de ação muito ambicioso. Seu esforço em programas de mobilidade foi muito apreciado”. Faz sentido. No cenário em que o transporte é o maior emissor de gases de efeito estufa nas cidades pelo mundo, Fortaleza criou o Plano de Ações Imediatas em Trânsito e Transporte de Fortaleza (PAITT), conjunto de estratégias que se propõem a melhorar o tráfego e o transporte público na capital cearense no curto e médio prazos. A pretensão, aliás, é de se tornar também a cidade mais pedalável do Brasil.
Agora, os vencedores brasileiros se juntam aos internacionais para servirem ainda mais de exemplos a outras cidades, mostrando na prática que é possível fazer a diferença.
Confira os membros do júri internacional que ofereceram o quarto título do Desafio das Cidades no Brasil a Belo Horizonte:
· Aisa Kacyira, diretora-executiva adjunta e secretária-geral assistente, Programa das Nações Unidas para os Assentamentos Humanos (UN-Habitat)
· Alexandre Meira da Rosa, vice-presidente para países, Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID)
· Alice Charles, coordenadora de desenvolvimento urbano e serviços, Fórum Econômico Mundial
· Aromar Revi, diretor, Instituto Indiano de Assentamentos Humanos
· Cornie Huizenga, secretário-geral, Parceria para Transportes Sustentáveis e de Baixo Carbono (SLoCaT)
· Dan Hoornweg, professor, Faculdade de Sistemas de Energia e Engenharia do Instituto de Tecnologia da Universidade de Ontario, Canadá
· David Simon, diretor, Mistra Urban Futures
· Ede Ijjasz-Vasquez, diretor-sênior e coordenador de práticas globais em resiliência social, urbana e rural, Banco Mundial
· Gino van Begin, secretário-geral, Governos Locais para a Sustentabilidade (Iclei)
· Kyra Appleby, líder de cidades, Carbon Disclosure Project (CDP)
· Marion Verles, CEO, Gold Standard
· Martha Delgado, diretora-geral, Secretaria do Convênio Global de Cidades Globais para o Clima
· Qiu Baoxing, ex-vice-ministro, Ministério da Habitação e do Desenvolvimento Urbano e Rural da China
· Ramiro Fernandez, diretor de mudanças climáticas, Avina
· Seth Schultz, diretor de pesquisa, C40 Cities Climate Leadership Group
· Simon Giles, diretor administrativo e líder de indústria – Global Cities, Accenture
· Vijay Padmanabhan, diretor de desenvolvimento urbano e água, Banco Asiático de Desenvolvimento
· Wee Kean Fong, associado sênior de clima e energia, World Resources Institute (WRI)
· Xolisa Ngwadla, líder de pesquisa, Conselho para Pesquisa Científica e Industrial
Fonte: WWF Brasil.
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