Escândalo Financeiro da USAID abala os fundamentos do ESG

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Dentre os gastos, revelados por Elon Musk, a USAID financiou a criação do vírus da COVID, a interferência política em diversos países, a manipulação jornalística e midiática, terroristas da Al Qaeda e o tráfico infantil.

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Lenah Sakai | Green Business Post | 11 fev 2025

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Após passarem um fim de semana e, literalmente, dormirem no prédio da USAID, Elon Musk e seus engenheiros analisaram e compartilharam os dados financeiros da USAID – U.S. Agency for International Development.

A transparência é um princípio fundamental do ESG que estava sendo negada há décadas pela agência. Essa análise minuciosa, que segue sendo feita, pode ter sido a primeira em 60 anos e deu início a reações caóticas na internet devido ao “green washing” da agência com relação ao uso do dinheiro de impostos que não atendeu aos interesses dos cidadãos dos EUA.

O que é a USAID?

Segundo Mike Benz, ex-diplomata dos EUA conhecido por defender a liberdade de expressão, USAID não é dinheiro para ajuda humanitária. Ele diz que a sigla sugere isso, porque a palavra AID é utilizada para se referir às iniciativas de caridade e assistência.

Pelo contrário, a sigla se refere à “agência”, US Agency of International Development (Agência para o Desenvolvimento Internacional dos EUA). Ou seja, ela recebe dinheiro de impostos para desenvolver instituições internacionais aos quais o Departamento do Estado, o Pentágono e os Comitês de Inteligência dos EUA desejam utilizar para seus interesses.

Ela foi criada nos anos 1960 no governo de John F. Kennedy para servir de central de coordenação das operações de fortalecimento de capacidades internacionais dos Comitês de Inteligência, do Departamento de Defesa e do Departamento do Estado, que se atropelavam sem um único maestro. Ele menciona que o orçamento do USAID é de US$50 bilhões, mas o canal oficial de respostas rápidas do presidente Trump confirma US$150 bilhões.

Ou seja, a USAID recebe mais dinheiro que o próprio Departamento do Estado ou que a famosa CIA. Mike Benz completa que a USAID é como um “jogador versátil” que auxilia o Pentágono na frente de segurança nacional, o Departamento do Estado na frente dos interesses do país e nos comitês de inteligência nas operações clandestinas que realizam.

A seguir, uma entrevista com Mike Benz explicando o que é USAID com legenda em português.

Mike Benz foi uma das primeiras figuras públicas a se pronunciar sobre os gastos financeiros atualmente revelados e seu rosto ficou muito conhecido no Brasil, pois foi ele que afirmou que a USAID interferiu nas eleições à presidência do Brasil em 2022 e que, se não fosse por isso, o candidato conservador Jair Bolsonaro seria o vencedor.

O Senador dos EUA, Rand Paul, interroga a recém demitida Samatha Power, que administrava o USAID, convocada a depor após não enviar informações sobre o uso do dinheiro dos contribuintes solicitadas pelo Congresso (Senado + Câmara dos Deputados dos EUA).

Antes de seguirmos, é importante esclarecer um dos termos que Elon Musk e seus seguidores estão usando em suas postagens. Nomeado por Trump para o atual governo, Elon Musk se refere ao seu departamento como “DOGE” – Departamento de Eficiência Governamental que também é uma referência ao Dogecoin, uma moeda digital ao qual ele é entusiasta.

Por isso, você poderá encontrar postagens se referindo a esse DOGE de Elon Musk, como nas imagens a seguir.

Fonte: DOGE designer.
Fonte: Rated EA.

A lista mais divulgada

Está circulando uma lista de destinos financeiros da USAID amplamente criticada por políticos e analistas políticos. Abaixo, temos a atual porta voz da Casa Branca indignada com a lista.

Aqui segue essa lista, que é um resumo geral dos gastos da USAID, e, logo a seguir, a mesma lista postada pelo canal oficial de comunicação rápida do presidente 47 dos EUA, o atual governo do Trump:

  • US$ 7,9 milhões para ensinar jornalistas do Sri Lanka a evitar “linguagem binária de gênero”
  • US$ 20 milhões para um novo programa do “Sesame Street” no Iraque
  • +US$ 4,5 milhões para “combater a desinformação” no Cazaquistão
  • US$ 1,5 milhão para “arte pela inclusão de pessoas com deficiência”
  • US$ 2 milhões para mudanças de sexo e “ativismo LGBT” na Guatemala
  • US$ 6 milhões para “transformar espaços digitais para refletir princípios democráticos feministas”
  • US$ 2,1 milhões para ajudar a BBC a “valorizar a diversidade da sociedade líbia”
  • US$ 10 milhões em refeições financiadas pela USAID, que foram para um grupo terrorista ligado à Al Qaeda
  • US$ 25 milhões para a Deloitte promover “transporte verde” no país da Geórgia
  • US$ 6 milhões para o turismo no Egito
  • US$ 2,5 milhões para promover “inclusão” no Vietnã
  • US$ 16,8 milhões para um grupo SEPARADO de “inclusão” no Vietnã
  • US$ 5 milhões para a EcoHealth Alliance, uma das principais ONGs financiando pesquisa de vírus de morcego no laboratório de Wuhan
  • US$ 20 milhões para um grupo relacionado a um dos principais atores na farsa de impeachment do Russiagate
  • US$ 1,1 milhão para um grupo “LGBT” armênio
  • US$ 1,2 milhão para ajudar a Agência de Serviço e Desenvolvimento da Igreja Metodista Africana em Washington, D.C., a construir “um auditório de última geração com 440 lugares”
  • US$ 1,3 milhão para fotógrafos árabes e judeus
  • US$ 1,5 milhão para promover “defesa LGBT” na Jamaica
  • US$ 1,5 milhão para “reconstruir” o ecossistema de mídia cubano
  • US$ 2 milhões para promover “igualdade LGBT através do empreendedorismo” na América Latina
  • US$ 500 mil para resolver a violência sectária em Israel (apenas dez dias antes do ataque do Hamas em 7 de outubro)
  • US$ 2,3 milhões para “mineração artesanal e em pequena escala de ouro” na Amazônia
  • US$ 3,9 milhões para “causas LGBT” nos Bálcãs Ocidentais
  • US$ 5,5 milhões para ativismo LGBT em Uganda
  • US$ 6 milhões para avançar questões LGBT em “países prioritários ao redor do mundo”
  • US$ 6,3 milhões para homens que têm relações sexuais com homens na África do Sul
  • US$ 8,3 milhões para “Educação USAID: Equidade e Inclusão”
  • A “estratégia climática” da USAID delineou uma abordagem de “toda a agência” de $150 bilhões para construir um “mundo equitativo com emissões líquidas zero de gases de efeito estufa.”

Segundo o canal do governo atual, a USAID segue há anos sem responsabilidade alguma sob o comando de burocratas com agendas próprias e que acreditavam que eles não respondiam a ninguém. Isso mostra claramente o conflito de interesse ao não priorizar os interesses da população e a não transparência que qualquer boa governança exige.

Depoimentos de ex-funcionário da USAID

Um delator que trabalhou dentro da USAID desde 2018, Mark Moyar, relata que ao entrar na agência ele “foi enviado para um campo de treinamento” em DEI – Diversidade, Equidade e Inclusão, ou seja, foi doutrinado sobre as pautas das minorias sociais e uma das atividades obrigatórias era passar pela “Caminhada do Privilégio”, no qual ele teve de assumir o papel de uma mulher escandinava para discutir sobre os privilégios de alguns perfis na sociedade. Os membros deveriam dar um passo à frente se o perfil que lhes foi indicado seria discriminado em uma série de situações listadas.

O jornalista da Fox News pergunta para Mark quais foram os artifícios que a USAID usava para justificar os projetos. O delator responde que os funcionários da agência são muito efetivos em nomear seus projetos em favor de passarem despercebidos dos objetivos nacionais. Ele dá um exemplo: se eles querem financiar um grupo de leitura de feministas em um determinado país, eles falam que é um programa contra o terrorismo, porque as feministas são chave para combater o terrorismo.

Onde o dinheiro chegou e onde não chegou?

Antes de compartilharmos os inúmeros casos de destinação do dinheiro público pela USAID (e já avisamos que os últimos serão os mais graves), trazemos rapidamente uma visão abrangente de outro membro do time da DOGE, responsável pela auditoria da agência.

Além de Elon Musk, Vivek Ramaswamy, empresário, autor e político anti-woke, também faz parte do time da DOGE e expõe o desperdício do dinheiro da população, que nem sequer chega aos mais necessitados.

O jornalista da Fox News pede para ele comentar sobre a gestão Biden usar 26 milhões de dólares de impostos para pagar a mídia Politico. Vivek afirma que é por isso que tantas personalidades da oposição democrata (políticos, juízes, jornalistas e influencers) são contra a transparência da USAID, porque de alguma forma eles foram beneficiados com esses recursos e não querem que isso seja revelado.

Ele acrescenta que o dinheiro está sendo enviado para fora do país, quando há cidadãos dos EUA passando necessidades. E o recurso não chega nem ao menos às crianças passando fome na África.

E ele finaliza dizendo que usaram o dinheiro do trabalhador para levar pautas e políticas woke para outros países e, por consequência, as populações de fora passaram a odiar os EUA por essa cultura e agenda que nem faz parte da maior parte dos EUA.

A seguir temos sua fala completa.

Clinton Foundation

Temos denúncias de recursos da USAID enviados para o Clinton Foundation e US$84 milhões para Chelsea Clinton, filha de Hillary Clinton.

No vídeo abaixo, um haitiano denunciando o Clinton Foundation por receber doações do mundo todo, bilhões de dólares, mas nem 2% do dinheiro chegou para o Haiti quando houve aquele terrível terremoto que desolou o país.

Essas supostas ajudas humanitárias que não resolvem a pobreza há décadas é uma prática conhecida dentro do chamado “Indústria da Pobreza” no qual os intermediários responsáveis pela destinação dos recursos são os principais beneficiários e não as pessoas vulneráveis. Isso é bem explicado pelos próprios africanos no documentário da matéria indicada abaixo.

Ajuda humanitária está perpetuando a pobreza – Leia mais >>

Protesto contra investigações e fechamento do USAID

Temos um ex-cientista nuclear do departamento de energia dos EUA criticando a indignação dos democratas sobre a investigação da USAID e o silêncio deles sobre a população da Carolina do Norte que está dormindo em tendas no frio do inverno. Eles foram recentemente afetados por dois furações no final de 2024 e três incêndios florestais significativos em janeiro de 2025.

Temos outra postagem criticando senadores contra as investigações sobre a USAID e o silêncio perante os desastres na Carolina do Norte, Califórnia e no Hawai. Vemos claramente um conflito de interesse desses políticos, uma armadilha comum no ESG. A preocupação com posições de poder ao invés de priorizar a população em maior necessidade, foge totalmente do objetivo do Estado cobrador de impostos.

Califórnia em Chamas 2025: A Desastrosa Gestão Climática – Leia mais >>

Temos imagens da USAID tendo seu nome sendo removido da fachada do prédio, simbolizando o fechamento da agência.

Temos um democrata radialista renunciando seu posicionamento político, dizendo se sentir enganado e usado. Ele demonstra sua frustração perante as políticas adotadas e sobre todo o escândalo da USAID. Para ele, os políticos democratas querem apenas aparentar fazendo o bem ao invés de realmente fazer o bem.

É um princípio que se iguala no ESG. As boas práticas devem ser realmente implementadas para que os impactos responsáveis ocorram.

Terroristas da Al Qaeda

[ USAID financiou a mensalidade universitária de Anwar al-Awlaki, anos antes de ele se tornar um dos principais recrutadores da Al Qaeda e ser eliminado por um ataque de drones dos EUA.

Al-Awlaki mentiu sobre sua nacionalidade, fraudando para obter um visto J-1 financiado pelos contribuintes, e a USAID pagou integralmente, sem fazer perguntas.

Ele foi mentor dos sequestradores do 11 de setembro, inspirou o atirador de Fort Hood e apoiou o plano de atentado de Natal — tudo isso depois de obter um diploma financiado pelos EUA. ] – palavras de Mario Nawfal. Fonte: Daily Mail.

Temos um internauta postando uma imagem que se alinha à lista resumo do inquérito sobre recursos da USAID junto a terroristas. Isso caminha em direção contrária ao ODS 16 de Paz, meta 11, no qual o terrorismo deve ser combatido.

Maior tráfico infantil do mundo

Autora compartilha um trailer de um documentário que será lançado em fevereiro de 2025, que questiona, principalmente, o envolvimento da USAID no financiamento do maior tráfico global de crianças que ocorre principalmente na Guatemala, aqui na América. Isso vai contra as pauta dos direitos humanos e trabalho forçado, que são uma das mais sensíveis no ESG e fazem parte dos princípios do Pacto Global da ONU.

JJ Carrell conta mais detalhes chocantes do documentário: um dos principais destinos dessas vítimas infantis é o tráfico global de órgãos, principalmente, para a África. Segundo o documentário, o tráfico de crianças não são apenas da Guatemala para os EUA, mas dos EUA para a Guatemala. São, aproximadamente, 2 mil crianças americanas desaparecendo todos os dias.☹️

O direito à vida e o corpo como nossa primeira propriedade privada são assuntos muito sérios que organizações precisam estar atentas ao selecionar cuidadosamente seus parceiros. No caso da USAID, as informações estão sendo minuciosamente investigadas talvez pela primeira vez em 60 anos.

COVID 19, uma arma biológica

Elon Musk confirma a USAID como principal financiadora da criação do vírus da COVID-19, que ele afirma ser uma arma biológica. Sabemos bem os impactos negativos que a pandemia deixou no mundo, seja em questões de saúde, direitos humanos e a geração de pobreza com as crises econômicas decorrentes.

Censura e manipulação política

Político de Ohio, Jim Jordan, rebate o argumento dos democratas sobre Elon Musk não ter sido eleito como uma tentativa de tirar-lhe a autoridade de trabalhar junto ao presidente Trump quando os burocratas do funcionalismo público são expostos gastando dinheiro público em “coisas estúpidas” que não trazem impactos positivos ao povo americano.

E ele complementa dizendo que Elon Musk está repetindo exatamente como fez com o Twitter Files, revelando o papel governamental na censura junto as big techs. Inclusive, Mark Zuckerberg também admitiu que seguiu as ordens de censura de Biden, pediu desculpas e disse que não o fará novamente.

Outra denúncia de Mike Benz sobre o USAID financiando a censura em Londres.

Temos questionamentos sobre o financiamento do Fórum Econômico Mundial pela USAID.

Ex-CIA, Larry Johnson, revela como George Soros recebeu bilhões do dinheiro da USAID para manipulação e propaganda política na Índia, Romenia, Georgia, Servia, Slovaquia e Ucrânia. Dentre pagamentos, temos de pessoas para protestos, alimentos e armas. Ele acredita que a USAID se tornou uma ferramenta da CIA.

Instituto Vero, de Felipe Neto, Sleeping Giants Brasil e a agência de checagem LUPA receberam dinheiro da USAID.

Segundo o documento da Câmara dos Deputados do Brasil, abaixo:

  • A USAID enviou um total de US$ 160 mil que foi distribuída por intermédios como o Centro Internacional de Jornalistas.
  • Sleeping Giants e Alma Preta promovem censura e atacam veículos independentes.
  • Agência de Checagem Lupa é financiada para sustentar a narrativa oficial sobre os eventos de 08 de janeiro de 2023.
  • Instituto Vero, de Felipe Neto, recebeu US$ 30 mil diretamente da embaixada dos EUA.

Menção dessas três entidades em documento da Câmara dos Deputados – República Federativa do Brasil.

O caso da USAID levanta uma preocupação importante: se não há transparência das informações, não é possível saber se uma organização está realmente fazendo aquilo que diz fazer. Há décadas sem auditoria externa, a USAID usou dinheiro público sem a responsabilidade necessária para com o contribuinte.

Sem ninguém para verificar seu trabalho, os profissionais da agência fizeram aquilo que bem quiseram. Desde conflito de interesse à “green washing”, os impactos dos bilhões de dólares anuais foram terríveis.

A USAID contribuiu com o ataque de 11 de setembro ao financiar o mentor do ataque. Também criou um vírus que causou a maior pandemia global do século XXI. Financiou a tortura e morte das pessoas mais vulneráveis, as crianças, que foram expostas à escravidão, prostituição forçada e roubo de órgãos.

As organizações sãos as que mais podem impactar o mundo, seja positivamente, seja negativamente. As Estatais são as maiores impactadoras, recebendo dinheiro de impostos da população de uma nação inteira, ela tem muito poder e dinheiro para atuar.

É por isso que discutir as boas práticas de gestão e de impactos segue sendo de extrema importância na educação das futuras gerações.

Memes dos internautas retratando as pautas, destinações e pessoas do contexto da USAID

Fonte: Joseph.
Fonte: World Hall of Fun.
Fonte: ZMT X.
Fonte: CyberRock 2077.
Fonte: Trigganometry.
Fonte: The Angry Alaskan.
Fonte: Jim Divine.

*As opiniões expressas neste canal são apoiadas pelo Artigo 19 da Declaração Universal dos Direitos Humanos: "Toda pessoa tem direito à liberdade de opinião e expressão; este direito inclui a liberdade de ter opiniões sem interferência e de procurar, receber e transmitir informações e ideias de todos os tipos, independentemente das fronteiras."

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Lenah Sakai

Fundadora da Aware Alliance, atua com sustentabilidade empresarial desde 2013. Se tornou vegetaria para combater a banalização da vida e adotou o minimalismo para o consumo consciente e foco em SER e FAZER em detrimento de TER e MANTER. Por considerar a geração de renda o melhor impacto social ao combater a pobreza e a criação de soluções da sociedade para a sociedade o impacto mais eficiente, contribuiu com a fundação do(a): movimento Cultura Empreendedora, holding de startups Ignitions inc., Angel Investors League, DIRIAS - 1ª associação de direito digital do Brasil e ABICANN - 1ª associação das indústrias de cannabis do Brasil.

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