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Conheça alguns desafios de sustentabilidade dos bancos

Conheça as diversas iniciativas que Carlos Nomoto implementou como diretor de sustentabilidade do Santander em 2014 e as dicas e os resultados obtidos do microcrédito, rentabilidade, metas, área comercial, engajamento de lideranças e uso de tecnologia. Do livro “Líderes Sustentáveis com a Mão na Massa de Ricardo Voltolini”.

Microcrédito

Em 2002, foi convidado a fazer parte da equipe de sustentabilidade da empresa, visto que já era conhecido por possuir preocupações sociais e por organizar expedições humanitárias durante suas férias. Os diretores da época já não viam outra maneira de as empresas fazerem negócios senão a partir de uma visão de sustentabilidade.

Atuava com negócios, mas, por interesse próprio, ficou responsável por implantar uma operação de microcrédito, sua primeira iniciativa na área de sustentabilidade. A proposta era de gerar renda para pequenos empresários. Com uma equipe de guerrilheiros voluntários, criou-se o Santander Microcrédito.

Sustentabilidade aumenta a rentabilidade

Percebeu que sustentabilidade aumenta a rentabilidade, é um diferencial de marca e gera admiração dos funcionários e clientes. Mesmo que, inicialmente, haja investimento e custo, ao longo do tempo, torna-se vantagem competitiva ao se beneficiar da rentabilidade.

Cuidado com as metas

Os três eixos estratégicos de sustentabilidade do banco são: inclusão social, educação e mudanças climáticas. Para concretizar o que se propõe, o banco Santander define objetivos e metas e recorre a indicadores de desempenho. Porém um grande desafio que Nomura descreve é como trazer as metas de sustentabilidade para dentro da empresa a fim de atingir o objetivo de inspirar os stakeholders ao invés de as metas serem encaradas como mais cobrança a ser cumprida e eliminada, sem real preocupação com questões da sustentabilidade e sem que haja uma mudança na cultura organizacional. Ele explica que há que saber dosar a forma de mobilizar as equipes.

Sustentabilidade na área comercial

Certa vez, Carlos Nomura enfrentou um grande desafio de elevar o volume de negócios socioambientais no varejo (pequenas e médias empresas). Eram quase 800 mil empresas desse porte na carteira do Santander. Como falar diretamente com todas elas?

A solução foi preparar e sensibilizar os gerentes para macrotemas: como reduzir o consumo de água, de energia, como promover acessibilidade e construção sustentável. Resultados: o banco conseguiu atender demandas de frigoríficos, metalúrgicas e de empresas que precisavam reformar as instalações ou cumprir legislações com o oferecimento de financiamento socioambiental. E ao mesmo tempo, conquistou e fidelizou seus clientes.

“Não há nada tão estúpido quanto vencer. A verdadeira glória repousa em convencer.” – Victor Hugo

Engajar a liderança

Nomoto assumiu a diretoria de sustentabilidade em 2013 e encarou um dos maiores desafios para qualquer mudança: o engajamento da alta e média liderança em um banco com mais de 3 mil agências no Brasil e 50 mil funcionários. Isso porque ele sabe que toda mudança possui resistência e insegurança.

Dentre toda a complexidade, Carlos percebeu que três tons são eficientes ao se comunicar com um público diverso: 

  1. Conceitual;
  2. Inspiracional;
  3. Racional.

Utilização de tecnologia

Além de tom, a utilização de ferramentas tecnológicas também foi crucial para conseguir atingir as pessoas e gerar resultados. Foi criado o Sustentabilidade para Todo Lado utilizando da intranet para criar uma gincana eletrônica para disseminar conceitos sobre sustentabilidade a todos os funcionários.

Resultados

  • Promovido pela Amcham, o banco Santander ganha o prêmio ECO 2012, com o case Inclusão Social pelo Microcrédito.
  • Equipes comerciais do banco tiveram um salto em negócios para sustentabilidade, chegando a R$ 2 bilhões em negócios feitos.
  • Em dois anos, a gincana eletrônica obteve 22 mil participações.
  • Em 2013, o banco foi recorde em reconhecimentos específicos em Sustentabilidade: 
    • FT/IFC Sustainable Bank of the Year – Banco mais sustentável das Américas;
    • Prêmio ECO;
    • Época 360.

*As opiniões veiculadas nos artigos de colunistas e membros não refletem necessariamente a opinião do GREEN BUSINESS POST.

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Lenah Sakai

Ex-atleta, green fellow (vegetariana, minimalista), trabalhando duro para tornar as organizações, os maiores impactadores do planeta, mais responsáveis. Formada em administração pela PUC-SP, há +10 anos atua em negócios e sustentabilidade. Fundadora do Green Business Post, co-fundadora da Ignitions Inc., do movimento Cultura Empreendedora, do DIRIAS, 1ª associação de direito digital do Brasil e da ABICANN, 1ª associação das indústrias de cannabis do Brasil. Hoje é gestora de uma rede de 5 milhões de pessoas do ecossistema empreendedor nacional e internacional.

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