Concurso global da OIT premia coberturas jornalísticas sobre migração laboral
Concurso valendo bolsa de estudo em curso no Centro Internacional de Formação em Turim (ITC-Turim) premiará os melhores trabalhos jornalísticos sobre a migração laboral
A Organização Internacional do Trabalho (OIT) lançou o quinto Concurso Mundial de Meios de Comunicação como forma de reconhecer publicamente coberturas jornalísticas exemplares sobre migração laboral. Os temas da edição deste ano são “contratação equitativa” e o “futuro da migração laboral”. Pela primeira vez, o concurso terá uma categoria para estudantes e a opção de receber o prêmio na forma de uma bolsa de estudo.
Objetivo
O objetivo do concurso é estimular o jornalismo de qualidade sobre questões relacionadas à migração laboral. Em todo o mundo, migrantes enfrentam preconceitos e intolerância e sofrem estigma em seus empregos e suas comunidades. Declarações públicas negativas podem levar a abusos e exploração e comprometer a coesão social.
Nesse sentido, o equilíbrio e a ética nas reportagens podem desempenhar uma função importante no enfrentamento de estereótipos e de informações equivocadas, além de lançar luz sobre a contribuição positiva que as trabalhadoras e os trabalhadores migrantes dão tanto em seus países de origem quanto nos países de destino.
Critérios
Um júri formado por especialistas em migração internacional e em jornalismo selecionará as vencedoras e os vencedores do concurso com base em critérios de:
- criatividade;
- rigor e equilíbrio;
- proteção a migrantes;
- retrato positivo da migração laboral.
“Este ano, a OIT celebra seu centenário, que marca 100 anos de avanços na justiça social e na promoção do trabalho decente. A Declaração do Centenário para o Futuro do Trabalho, adotada na Conferência Internacional do Trabalho de 2019, reafirma o mandato da OIT para proteger todos os trabalhadores, incluindo trabalhadores migrantes, e destaca a necessidade de promover igualdade de tratamento e eliminar a discriminação contra trabalhadores, especialmente aqueles que se encontram em situação vulnerável”, disse Michelle Leighton, chefe do Serviço de Migração Laboral, que faz parte do júri do concurso.
“Procuramos distinguir aqueles jornalistas que demonstraram seu compromisso com um tipo de jornalismo justo e equilibrado, para aumentar a conscientização do público sobre as contribuições dos trabalhadores migrantes para as comunidades e que estão contribuindo para eliminar percepções errôneas, xenofobia e discriminação contra trabalhadores migrantes.”
O concurso contribuirá para alguns dos objetivos do recém-adotado Pacto Mundial para uma Migração Segura, Ordenada e Regular e do Pacto Global sobre Refugiados, que inclui a melhoria das condições de trabalho das trabalhadoras e dos trabalhadores migrantes e a modificação de percepções errôneas acerca da migração laboral. Também contribuirá para aumentar a conscientização sobre trabalho decente e migração, uma questão destacada na Agenda 2030 para o Desenvolvimento Sustentável.
O concurso conta com o apoio da Confederação Sindical Internacional (ITUC, na sigla em inglês), da Organização Internacional dos Empregadores (IOE), do Escritório do Alto Comissariado das Nações Unidas para os Direitos Humanos (ACNUDH), da Federação Internacional de Jornalistas, da Equal Times, do Solidarity Centre e do Migrant Forum in Asia.
A edição deste ano é organizada com o apoio do projeto REFRAME (Global Action to Improve the Recruitment Framework of Labour Migration), financiado pela União Europeia, e do Programa Integrado sobre Contratação Equitativa- Fase II (FAIR II), financiado pela Agência Suíça para o Desenvolvimento e a Cooperação (SDC).
Como participar
Para participar, é necessário preencher o formulário online (em inglês), indicando a categoria (profissional ou estudante). Os trabalhos podem ser apresentados nas seguintes categorias:
- imprensa escrita;
- ensaio fotográfico;
- reportagem multimídia;
- reportagem em vídeo e/ou rádio.
Leia, na íntegra, mais informações sobre “Termos e Condições” (em inglês).
Para serem considerados, os trabalhos devem ter sido publicados entre 1º de novembro de 2018 e 31 de outubro de 2019 (Termos e condições). O envio dos trabalhos em qualquer idioma é bem-vindo. No entanto, uma tradução em inglês, francês ou espanhol (idiomas de trabalho da OIT) deve ser incluída, se o material enviado ou partes dele estiver em outro idioma.
Datas importantes
A data limite para submissão dos trabalhos, que se fará por meio de formulário online , é 31 de outubro de 2019 (23h50 da Europa Central). A identidade das vencedoras ou dos vencedores (que serão contatos antecipadamente pela Organização) será anunciada no dia 18 de dezembro de 2019 (Dia Internacional do Migrante).
Premiação
A competição concederá quatro prêmios profissionais (dois na categoria “contratação equitativa de trabalhadores migrantes’ e dois na categoria ‘futuro da migração laboral’) e um prêmio para a categoria de estudante.
As vencedoras e os vencedores poderão escolher entre receber o prêmio em dinheiro (1 mil dólares na categoria profissional e 300 dólares para a categoria de estudante) ou na forma de uma bolsa de estudos paga para participar, em 2020, de um curso no Centro Internacional de Formação em Turim (ITC-Turim), sobre contratação equitativa ou migração laboral.
Categorias temáticas
Contratação equitativa de trabalhadores migrantes
Os trabalhos inscritos nesta categoria devem ilustrar como as práticas de contratação internacional afetam a vida dos trabalhadores migrantes, suas chances de desfrutar de trabalho decente e sua exposição a possíveis explorações e abusos, à violência baseada em gênero, ao trabalho infantil e trabalho forçado e ao tráfico de pessoas.
Alternativamente, ou adicionalmente, deverão mostrar como a contratação de mão de obra, devidamente regulada e governada através de fronteiras internacionais, pode fazer com que as competências se adequem melhor aos postos de trabalho nos países, tanto de origem quando de destino, e melhorar o funcionamento eficaz dos mercados de trabalho.
O futuro da migração laboral
Os trabalhos inscritos nesta categoria devem apresentar oportunidades e desafios encontrados pelas trabalhadores e pelos trabalhadores migrantes para ter acesso ao trabalho decente no contexto das tendências e dos desafios atuais e futuros que moldam o futuro do trabalho.
Podem abordar, por exemplo, temas como globalização, desigualdades crescentes, mudanças demográficas, avanços tecnológicos, formas atípicas de emprego, grande número de pessoas que trabalham na economia informal. Também podem abordar a necessidade de alcançar equidade de gênero, o aprendizado permanente durante a vida e a criação de postos de trabalho produtivos.
Leia o relatório da Comissão Global sobre o Futuro do Trabalho: “Trabalhar para um Futuro Melhor”.
Fonte: Nações Unidas. Foto: Banco Mundial.