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China planeja construir a primeira usina de energia solar no espaço

Instalação pode gerar, em tese, energia em 99% do tempo, com até seis vezes mais eficiência do que uma usina em terra

Reduzir a dependência de fontes não renováveis de energia, substituindo-as pela solar já tem sido uma realidade na Terra. No espaço, a China tem um plano ousado para obtê-la em larga escala: construir uma usina de energia solar interestelar, que orbitará a 36 mil quilômetros da Terra. O projeto de se tornar o primeiro país a colocar a tecnologia em prática foi publicado no Science and Technology Daily, site de notícias do governo chinês, voltado para os setores científico e tecnológico.

O país afirma já ter iniciado no espaço pesquisas sobre a solução desde o final de 2018. A construção da base experimental da usina está prevista para ser iniciada em 2021, com operação prevista para até 2025. O cronograma seguinte prevê que até 2030 essa estrutura aumente a produção em nível de megawatt. Até 2050, espera-se que isso chegue aos gigawatts.

energia solar china

A ideia é otimizar a coleta de luz do Sol, captando-a antes que ela se dissipe na atmosfera da Terra. A instalação pode gerar, em tese, energia em 99% do tempo, com até seis vezes mais eficiência do que uma usina em terra, conforme estimou um pesquisador da academia chinesa de tecnologia espacial ao jornal local Science and Technology Daily. Mas o plano parece até coisa de ficção científica.

Construir uma usina solar no espaço não é uma ideia exatamente nova. Como lembra uma reportagem do site Nature, Estados Unidos e Japão já flertaram com essa ideia. Mas não é barato — e nem fácil —  enviar uma instalação do tipo para o espaço, já que ela poderia facilmente pesar mais de 1.000 toneladas. A Estação Espacial Internacional, para efeito de comparação, tem menos da metade disso.

“Uma vez que possa superar a tecnologia de energia solar espacial, espera-se que isso resolva gradualmente a crise de energia que a sociedade humana enfrenta e obtenha energia limpa inesgotável e sustentável”. “Por enquanto, as usinas de energia solar espaciais são a maneira mais direta e eficaz de desenvolver o círculo econômico espacial mensal”, afirma a publicação.

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Para operacionalizar o projeto, a proposta inicial de especialistas chineses é a de criar uma “fábrica espacial”. Nela, os componentes necessários seriam produzidos em impressoras 3D e montados com a ajuda de robôs espaciais. De acordo com o portal, esse seria o foco atual da pesquisa em andamento.

A China também deseja transformar energia solar em elétrica ainda no espaço, a partir de um receptor de micro-ondas ou a laser, que deve ser alimentado por um sistema instalado na Terra. Mas ainda está estudando se esse método pode causar algum efeito negativo sobre a atmosfera terrestre.

O governo chinês estima que, se o plano der certo, até mesmo áreas muito remotas ou de difícil acesso poderão ter acesso a energia limpa em casas, comércios e indústrias. Isso porque a sua captação acontece em 99% do tempo, o que não seria possível a partir do nosso planeta. A energia solar espacial já tem sido também usada para alimentar espaçonaves e a Estação Espacial Internacional, e poderia potencializar o uso desses mecanismos em pesquisas mais aprofundadas.

Outros países também pesquisam sobre a captação de energia solar fora da Terra

Não é a primeira vez que um país explora essa tecnologia fora da Terra. O Japão mesmo está há uma década estudando essa alternativa, chegando a propor a construção de um painel gigante espacial suspenso por fios presos a uma nave (ver imagem abaixo).

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Os Estados Unidos também pesquisam sobre o assunto através do Departamento de Energia do laboratório do seu programa espacial. Apesar de abrir espaço para soluções independentes, ainda não apresentou algo concreto nesse sentido.

A China seria a mais próxima do grande feito, especialmente depois de ter ampliado a exploração espacial nos últimos quatro anos. Só para se ter uma ideia, foi o país com o maior número de lançamento de foguetes em 2018, sendo visto como a nova “pedra no sapato” dos Estados Unidos e, em especial, da SpaceX.

Fonte: Tecmundo. Referência: Exame.

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Lenah Sakai

Ex-atleta, green fellow (vegetariana, minimalista), trabalhando duro para tornar as organizações, os maiores impactadores do planeta, mais responsáveis. Formada em administração pela PUC-SP, há +10 anos atua em negócios e sustentabilidade. Fundadora do Green Business Post, co-fundadora da Ignitions Inc., do movimento Cultura Empreendedora, do DIRIAS, 1ª associação de direito digital do Brasil e da ABICANN, 1ª associação das indústrias de cannabis do Brasil. Hoje é gestora de uma rede de 5 milhões de pessoas do ecossistema empreendedor nacional e internacional.

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