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Bahia ganha usina solar flutuante no Rio São Francisco

As águas do Rio São Francisco, agora, também abrigam uma Usina Solar Fotovoltaica Flutuante, que transforma a luz solar em energia elétrica. A planta piloto de painéis solares foi instalada pela Companhia Hidro Elétrica do São Francisco (Chesf) no reservatório da Usina Hidrelétrica de Sobradinho, na Bahia.

Esse sistema de geração concentrada de energia fotovoltaica em usinas utilizando a área de reservatórios é pioneiro no Brasil. Até então, ele só havia sido instalado no solo. Segundo a Chesf, o objetivo é avaliar a viabilidade técnica, econômica e ambiental do projeto para que ele possa participar de leilões de venda de energia e ser reproduzido em outros reservatórios ou até mesmo em rios.

“Isso pode ser muito bem replicado em lugares onde o Brasil é rico em rios, na Amazônia e regiões do Centro-Oeste, por exemplo. Estamos criando uma oportunidade”

explicou o gerente de Pesquisa, Desenvolvimento e Inovação da Chesf, José Bione, contando que, quando o projeto estiver concluído, a usina flutuante terá capacidade de abastecer 20 mil casas populares.

A plataforma flutuante já instalada em Sobradinho tem 7,3 mil módulos de placas solares, área total de 10 mil metros quadrados e capacidade de gerar 1 megawatt-pico (MWp). Outros 4 MWp deverão ser instalados em 2019. Quando o projeto estiver concluído, com 5MWp, a usina flutuante deverá contar com 35 mil módulos e 50 mil metros quadrados de área sobre o reservatório de Sobradinho. O investimento total da Chesf é R$ 56 milhões.

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Para comparação, o reservatório de Sobradinho tem uma superfície de espelho d’água de 4,2 mil quilômetros quadrados, com uma usina capaz de gerar 1,05 mil MW. Mas, atualmente, por causa da baixa vazão, a usina está gerando em torno de 180 MW.

Os técnicos envolvidos no projeto da Chesf vão estudar a eficiência da tecnologia fotovoltaica resfriada naturalmente pela água e pelo vento, já que as placas instaladas em terra perdem eficiência sob forte calor. Os impactos ambientais também são objetos de estudo.

Os estudos dos sistemas de ancoragem, conexão e conversão de energia também são pioneiros. A plataforma é fixada ao fundo do lago por cabos, com material próprio para suportar o peso das placas e dos trabalhadores que atuam na construção e manutenção, mas será preciso analisar seu comportamento em água corrente e com a movimentação da barragem.

Para entrar em funcionamento, ainda serão instalados contêineres de conversão da energia em corrente contínua, produzida pela plataforma, para energia em corrente alternada, própria para ser enviada às linhas de transmissão da usina hidrelétrica. De acordo com Bione, esta é outra vantagem da instalação de usinas fotovoltaicas nesses reservatórios, já que elas aproveitam as infraestruturas de transmissão, reduzindo, inclusive, as perdas de energias.

Fonte: Náutica.

*As opiniões veiculadas nos artigos de colunistas e membros não refletem necessariamente a opinião do GREEN BUSINESS POST.

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Lenah Sakai

Ex-atleta, green fellow (vegetariana, minimalista), trabalhando duro para tornar as organizações, os maiores impactadores do planeta, mais responsáveis. Formada em administração pela PUC-SP, há +10 anos atua em negócios e sustentabilidade. Fundadora do Green Business Post, co-fundadora da Ignitions Inc., do movimento Cultura Empreendedora, do DIRIAS, 1ª associação de direito digital do Brasil e da ABICANN, 1ª associação das indústrias de cannabis do Brasil. Hoje é gestora de uma rede de 5 milhões de pessoas do ecossistema empreendedor nacional e internacional.

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