ESG: entenda o que é de forma definitiva

Profissionais estão confundindo conceitos e separando ESG de Sustentabilidade Corporativa.

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Lenah Sakai | Green Business Post | 23 ago 2024

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Ao contrário do que se pensa, o ESG não é um conceito novo, mas sim uma evolução da Sustentabilidade Corporativa. Ele foi introduzido pela ONU e pelo governo Suíço, em 2004, para engajar o setor financeiro a investir ainda mais nas pautas da sustentabilidade corporativa. O termo ESG foi amplamente divulgado quando grandes empresas de investimento, como a Black Rock, adotaram a sigla, em 2020. Isso fez com as empresas investidas e outras administradoras financeiras seguissem o mesmo caminho.

A confusão de conceitos aconteceu porque, devido ao documento de origem (Who Cares Wins) ser focado no setor financeiro, alguns acreditaram que ESG seja uma ferramenta de análise de risco apenas para o setor financeiro, tema esse constantemente presente no texto. Mas na realidade, o próprio Pacto Global afirma que ESG é o mesmo que sustentabilidade corporativa, e os trabalhos que já existiam não serão descartados.

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Você conhecia a definição de ESG feito pelo próprio Pacto Global da ONU?x

Prova disso é que o ISE – Índice de Sustentabilidade Empresarial da B3 não vai deixar de existir. Muito pelo contrário, eles estão em constante melhoria, com o fortalecimento de pautas e maior exigência comprobatória das práticas que o ESG trouxe.

Qual a diferença de Sustentabilidade e ESG?

O que aconteceu foi organizar o conceito em um novo tripé, que beneficiou a compreensão dos trabalhos. Antes, usava-se o tripé da sustentabilidade no geral (recursos naturais, recursos humanos e recursos econômicos) para explicar as boas práticas. Os tripés Sustentabilidade e ESG se diferem apenas no pé Econômico e Governança.

[ Lembramos que o conceito de Sustentabilidade foi criado para estudar a sustentação da vida, principalmente, da vida humana. Para isso, organizaram os recursos nesse tripé. ]

Com o G de ‘governança’ no ESG, ficou mais clara a ideia de que para sustentar os recursos econômicos é necessária a responsabilidade na gestão organizacional e na relação com os stakeholders.

O contexto atual do ESG

O lançamento do ESG aprimorou as práticas que já vinham sendo adotadas, integrando a governança como peça-chave na análise do desempenho das empresas.

Lembramos que os trabalhos de governança vem evoluindo desde as grandes navegações dos séculos XV e XVI. As grandes investidoras dessas arriscadíssimas expansões, a Companhia das Índias e a Companhia de Jesus, exigiam relatórios detalhados das expedições e a comprovação das riquezas encontradas garantiam o contínuo investimento.

Hoje, a governança conta com regras mais complexas e com muito mais stakeholders envolvidos. Mas ainda assim, continua sendo essencial para a sobrevivência corporativa. A responsabilidade ambiental e social ganharam relevância ao trazerem benefícios para a solidez e longevidade das organizações e de seu ecossistema.

No entanto, a implementação do ESG não tem sido isenta de desafios. Empresas e investidores têm enfrentado críticas por parte de reguladores e especialistas que apontam falhas na aplicação desses critérios. A imposição de práticas tidas como “melhores” tem, por vezes, gerado distorções e resultados inesperados, levando à necessidade de uma reavaliação de como o ESG é compreendido e praticado.

Os mandos e ditatórias de reguladoras, governos e gestoras de investimento utilizam de estudo da Harvard Business School para dar suporte às suas imposições. Mas esse estudo somente revela performance superior quando as práticas são adotadas de forma VOLUNTÁRIA. Um detalhe que está fazendo toda a diferença nos resultados.

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Para gestores e consultores, o grande desafio de 2024 será encontrar o equilíbrio entre aderir às exigências do mercado e implementar práticas ESG que verdadeiramente gerem valor a longo prazo. A forma como o mercado financeiro e as empresas continuarão a reagir à essa evolução será crucial para definir o futuro da sustentabilidade corporativa. O debate sobre ESG está longe de ser encerrado, mas sua relevância cresce a cada ano, demandando uma nova forma de pensar o papel das empresas na sociedade.

Saiba mais detalhes sobre o estudo de Harvard e os resultados das práticas ESG atuais no vídeo a seguir:

*As opiniões veiculadas nos artigos de colunistas e membros não refletem necessariamente a opinião do GREEN BUSINESS POST.

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Lenah Sakai

Fundadora e editora do Green Business Post, atua com sustentabilidade empresarial desde 2013. Se tornou vegetaria para combater a banalização da vida e adotou o minimalismo para o consumo consciente e foco em SER e FAZER em detrimento de TER e MANTER. Por considerar a geração de renda o melhor impacto social ao combater a pobreza e a criação de soluções da sociedade para a sociedade o impacto mais eficiente, contribuiu com a fundação do(a): movimento Cultura Empreendedora, holding de startups Ignitions inc., Angel Investors League, DIRIAS - 1ª associação de direito digital do Brasil e ABICANN - 1ª associação das indústrias de cannabis do Brasil.

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