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Carrefour lança terra vegetal com resíduos orgânicos de sua operação

Produto permite que insumos voltem à cadeia de consumo, em linha com a ideia de desperdício zero

*Adaptado por Lenah Sakai | 25 junho 2020

A rede mercadista Carrefour começou a vender em suas lojas a Terra Vegetal de sua marca própria, gerada a partir da compostagem de frutas, verduras, legumes, ovos e sobras da peixaria e padaria. Os insumos provêm do setor de perecíveis de 48 unidades do Carrefour em São Paulo. Ao serem adotados como matéria-prima dessa terra, eles retornam à cadeia de consumo, em vez de serem descartados.

Na prática, a Terra Vegetal Carrefour resulta em ganhos em todos os aspectos. Além da qualidade da terra, que é enriquecida e ajuda a cultivar plantas mais fortes, seu processo de produção representa o combate ao desperdício de alimentos e reforça o conceito de economia circular com a utilização total dos alimentos.

“O lançamento da nossa terra vegetal está alinhado à plataforma de desperdício zero e às iniciativas de logística de orgânicos, gerando um ecossistema fechado, no qual tudo é reaproveitado”, explica Lucio Vicente, head de Sustentabilidade do Grupo Carrefour Brasil. “Só com esse primeiro lote, evitamos o descarte de 250 toneladas de resíduos das lojas em aterros sanitários”, completa.

Ecossistema fechado

A empresa parceira da companhia nessa iniciativa, e responsável por recolher o rejeito e produzir o composto, é a Ecomark, especializada em gerenciar resíduos orgânicos. Considerando o período de decomposição e a chegada às gôndolas, o processo de preparo da terra é de três a quatro meses.

O plano é que, mensalmente, de 350 a 400 toneladas de resíduos da rede Carrefour sejam destinadas à compostagem. Isso representará 80 mil unidades da Terra Vegetal. Comercializada em embalagens de cinco quilos, ela é própria para jardinagem, horta, gramado e cobertura de solo em geral.

O produto está à venda em praticamente todas as lojas da rede. Apenas as lojas do Ceará e de Manaus deverão ser incluídas na distribuição em um segundo momento.

*Observação ao leitor sobre falas do dia a dia que podem contradizer conhecimentos científicos:
– O desperdício zero é inatingível, mas a sua busca é válida.
– Ecossistemas nunca são fechados, as partes sempre se relacionam a outros ecossistemas, por isso, a sustentabilidade deve ser praticada por todos.
– Não existe reaproveitamente total, sempre sobra um resíduo ou outro, mas é um trabalho muito importante para a gestão de resíduos e redução de descartes desnecessários.

Fonte: Revista Planeta | 14 junho 2020.

*As opiniões veiculadas nos artigos de colunistas e membros não refletem necessariamente a opinião do GREEN BUSINESS POST.

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Lenah Sakai

Ex-atleta, green fellow (vegetariana, minimalista), trabalhando duro para tornar as organizações, os maiores impactadores do planeta, mais responsáveis. Formada em administração pela PUC-SP, há +10 anos atua em negócios e sustentabilidade. Fundadora do Green Business Post, co-fundadora da Ignitions Inc., do movimento Cultura Empreendedora, do DIRIAS, 1ª associação de direito digital do Brasil e da ABICANN, 1ª associação das indústrias de cannabis do Brasil. Hoje é gestora de uma rede de 5 milhões de pessoas do ecossistema empreendedor nacional e internacional.

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