Brasil: Gigante Orçamentário na Educação, Anão em Qualidade – A Urgente Necessidade de um Choque de Gestão e Meritocracia

Orçamento bilionário desperdiçado: Brasil gasta uma fortuna em educação, mas colhe resultados pífios e perde talentos para o exterior

Redação | Green Business Post | 08 abr 2025.

Follow us, the conscious ones: Google News  |  Newsletter.

É alarmante e amplamente ignorado pela grande mídia o verdadeiro estado da educação brasileira. Enquanto ostentamos um dos maiores orçamentos de educação do mundo, amargamos posições vergonhosas em qualidade, com um custo da educação pública, bancada pelos impostos de todos, frequentemente superior ao da rede privada. Essa inversão de prioridades e a ineficiência do sistema escancaram a urgência de um debate profundo e de ações concretas.

Impacto Devastador da Má Educação na Sociedade

A precariedade educacional não é apenas uma questão de rankings; ela impõe um impacto devastador na sociedade. Condena uma parcela significativa da população à marginalização, à dificuldade de inserção no mercado de trabalho e à perpetuação da baixa renda. A falta de profissionais qualificados abre perigosamente as portas para a crescente perda de oportunidades de trabalho para estrangeiros com melhor preparo. A educação, que deveria ser o motor do desenvolvimento sustentável, conforme preconiza o ODS 4 da ONU, torna-se um entrave, impedindo a inclusão social, a melhoria da qualidade de vida em aspectos cruciais como saúde e segurança, e a necessária redução da pobreza.

Vergonha Comparada

A comparação com outras nações é humilhante. Enquanto países como Singapura e China, com um custo total por aluno no ensino básico frequentemente inferior ao nosso, exibem resultados notavelmente superiores em avaliações internacionais, o Brasil patina. A diferença reside em pilares como a formação rigorosa e o acompanhamento contínuo dos professores e a implementação de sistemas de meritocracia que recompensam o desempenho e a dedicação. Em Singapura, por exemplo, professores de alfabetização precisam ter no mínimo mestrado e passar por dois anos de acompanhamento antes de assumir uma classe.

Embora o salário dos professores em Singapura seja muito maior e a qualidade da educação seja superior à do Brasil, a Namíbia também apresenta uma qualidade de educação melhor que a brasileira, mesmo que provavelmente os professores da Namíbia não recebam altos salário. Então, a solução não está nos salários.

Gargalos Estruturais: Absenteísmo, Má Gestão e Ausência de Meritocracia

Os problemas estruturais são profundos e demandam intervenções drásticas. O absenteísmo docente, chegando a picos de 29% em algumas redes municipais, revela uma gestão de pessoal falha. A má gestão orçamentária é escandalosa, com estimativas de que 44% do gasto total na educação básica se perde devido à ineficiência e à má formação dos alunos. Soma-se a isso a falta de meritocracia, onde o investimento massivo nos últimos ciclos educacionais, em detrimento da base, não se traduz em qualidade. A lógica perversa de manter orçamentos inflacionados, com gastos desnecessários para evitar perdas no ano seguinte, drena recursos que deveriam ser investidos na qualidade do ensino.

Privatização como Solução?

Diante desse cenário sombrio, a privatização emerge como uma potencial solução imediata, merecendo uma análise cuidadosa. Os argumentos a favor são contundentes: a possibilidade de implementar uma meritocracia efetiva, onde professores e gestores seriam cobrados por resultados; a otimização da gestão, buscando eficiência e a alocação inteligente de recursos; e a viabilidade de vouchers educacionais. O sistema de vouchers, já utilizado com sucesso para materiais escolares em São Paulo, poderia ser expandido, permitindo que o Estado financie a educação, mas dando aos pais a liberdade de escolher escolas privadas que ofereçam qualidade, criando uma saudável competição por melhores resultados. Essa abordagem poderia romper o ciclo vicioso da ineficiência estatal e direcionar recursos para onde realmente fazem a diferença: a aprendizagem do aluno.

Chamada Urgente à Ação

A inércia não é uma opção. É crucial que gestores públicos, líderes empresariais e toda a sociedade civil exerçam pressão sobre seus representantes políticos, demandando soluções urgentes e eficazes para a crise na educação brasileira. Utilize as redes sociais para cobrar seus políticos, questione seus planos para a educação, e apoie iniciativas privadas que ofertam educação acessível e de qualidade. Acompanhe as propostas e votações dos políticos na área da educação. O futuro do Brasil depende da nossa capacidade de priorizar e transformar a educação, deixando de ser um gigante orçamentário com resultados anêmicos.

O conteúdo desta matéria se baseia no podcast Interjeições. Você pode acessar o conteúdo completo abaixo:

*As opiniões expressas neste canal são apoiadas pelo Artigo 19 da Declaração Universal dos Direitos Humanos: "Toda pessoa tem direito à liberdade de opinião e expressão; este direito inclui a liberdade de ter opiniões sem interferência e de procurar, receber e transmitir informações e ideias de todos os tipos, independentemente das fronteiras."

**As opiniões veiculadas nos artigos de colunistas e membros não refletem necessariamente a opinião do GREEN BUSINESS POST.

👍 REPUBLIQUE nosso conteúdo de acordo com a Collaborative Progress Licenseª!

👣 ACOMPANHE nossas redes no Everlink.

🫶 VALORIZE NOSSO TRABALHO:

  • 🔗Ao adquirir produtos por meio de links no site, você estará apoiando o autor/canal sem pagar nada a mais por isso.

0 0 votes
Article Rating
Subscribe
Notify of
guest

0 Comentários
Most Voted
Newest Oldest
Inline Feedbacks
View all comments
0
Comment!x